«O indivíduo tem o direito de pensar o que quiser, de exprimir o que pensa como quiser, e de pôr em prática o que pensa como quiser, desde que essa expressão ou essa prática não infrinja directamente a igual liberdade de qualquer outro indivíduo.» Fernando Pessoa
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
TUTELA
Após a divulgação destas notícias durante este mês - «CGD compra 9,5% da Cimpor a Manuel Fino» (dia 16/02) e, posteriormente, «Cimpor: CGD pode ter pago 62 milhões a mais» (dia 19/02) - eis que o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, enquanto falava no Parlamento, no debate mensal com o Governo, considerou que o negócio feito entre a CGD e o empresário Manuel Fino - que passou pela entrega de uma posição de 9,5% no capital da Cimpor ao banco público por parte do empresário, como forma de pagamento por um empréstimo contraído junto da instituição - foi «uma opção de gestão da CGD». Se assim é, e se foram pagos mais de 60 milhões que o devido (ainda mais tendo em conta os tempos de crise que passamos), não deveria o Governo intervir?
No final do debate parlamentar, José Sócrates, acerca do assunto, disse aos jornalistas que a Caixa (CGD) não lhe telefona, nem ao ministro das Finanças, a pedir autorização para os negócios que faz. Pois, uma resposta desnecessária e infantil. Não era esperado que a CGD o fizesse, mas já terá ocorrido a Sócrates que a administração da Caixa não é eterna, que há sempre a hipótese de os pôr a andar de lá para fora? A isso chama-se TUTELA. Conhecendo essa palavra, talvez Sócrates tivesse era de demitir quem não lhe convem...
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
«O horror do vazio», por Mário Crespo
«Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.
Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado. Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.»
[JN, 2009-02-16]
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Lido por aí - «Caso Freeport»
«É natural que as autoridades evitem ouvir José Sócrates no âmbito do caso Freeport. Embora o seu testemunho seja importante para o processo, não há paciência para a desconversação do primeiro-ministro: da “insídia” à “ofensa”, da “injúria” ao “ataque pessoal”, passando pela “campanha negra”.
Se eu fosse investigador, pedia à Procuradora para ouvir o tio Júlio. Deve ser mais divertido. E o antigo secretário de Estado do Ambiente também, porque cacareja. É raro.»
No Lóbi.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Nunca reparei nas outras dez
Ao que parece, o Partido Ecologista "Os Verdes" vai realizar a sua XIª Convenção Nacional Ecológica, nos dias 13 e 14 de Março de 2009, em Lisboa. Por outras palavras, vão-se reunir em Congresso. Apraz-me registar que já houve dez anteriores... Ninguém diria.
P.S. - Provavelmente nunca reparei, pela sombra que a CDU lhes faz.
sábado, fevereiro 14, 2009
O novo Louçã
Apesar de sempre ter "alinhado" pela cruzinha nos "de direita", não raras vezes tenho encontrado em algumas "batalhas" da esquerda mais radical, razões plausíveis para, em mero pensamento, os colocar no poder: o que fariam se lá chegassem?
Regra geral, a seguir a uma postura mais acertada dessa esquerda, surge uma qualquer ideia disparatada que faz borrar a pintura e desvair a intenção de os ouvir mais atentamente.
Acontece que, ultimamente, ao ouvir Francisco Louçã e a sua esquerda, nota-se um enriquecimento de discurso, uma mudança positiva, onde as causas parecem mais palpáveis. Louçã e os seus pares parecem agora mais lúcidos, mais conscientes, não entrando em tantas ideias e atitudes, descabidas e fantasiosas. A somar a isto, o facto de estarmos a passar por esta crise instalada e o descrédito de todos os outros partidos a quem já foram dadas hipóteses, vão fazer Louçã subir. Basta ver que, eu nunca antes havia sequer colocado a hipótese/tido vontade de escrever este post em relação ao Bloco...
O Louçã é o mesmo, mas o afastamento de certas ideias excêntricas e pouco úteis dão-lhe outra chama, acima de tudo maior credibilidade.
A ver vamos o que fará...
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Scolari despedido do Chelsea: a piada
Desta vez, a Scolari, nem lhe deram tempo de pôr em prática a sua habitual táctica nº2 - pedir para os adeptos colocarem umas bandeiras nas janelas!...
Scolari despedido do Chelsea
Será que desta vez ele também perguntou quem era o burro? Agora, é capaz de já ter encontrado uma resposta...
terça-feira, fevereiro 03, 2009
«7 Milhões de euros "parados" na via alternativa à EN 10» - SIC, 03.02.2009
Tal como aqui havia sugerido, a SIC fez-me a vontade.
Adenda: Faltou aqui dizer que, a SIC chegou tarde, pois o despacho necessário para a obra prosseguir foi publicado em Diário da República - Despacho n.º 2406/2009. D.R. n.º 12, Série II de 2009-01-19 - autorizando o abate dos Sobreiros que impediam o avanço da obra.