«O indivíduo tem o direito de pensar o que quiser, de exprimir o que pensa como quiser, e de pôr em prática o que pensa como quiser, desde que essa expressão ou essa prática não infrinja directamente a igual liberdade de qualquer outro indivíduo.» Fernando Pessoa
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
TUTELA
No final do debate parlamentar, José Sócrates, acerca do assunto, disse aos jornalistas que a Caixa (CGD) não lhe telefona, nem ao ministro das Finanças, a pedir autorização para os negócios que faz. Pois, uma resposta desnecessária e infantil. Não era esperado que a CGD o fizesse, mas já terá ocorrido a Sócrates que a administração da Caixa não é eterna, que há sempre a hipótese de os pôr a andar de lá para fora? A isso chama-se TUTELA. Conhecendo essa palavra, talvez Sócrates tivesse era de demitir quem não lhe convem...
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
«O horror do vazio», por Mário Crespo
«Depois de em Outubro ter morto o casamento gay no parlamento, José Sócrates, secretário-geral do Partido Socialista, assume-se como porta-estandarte de uma parada de costumes onde quer arregimentar todo o partido.
Almeida Santos, o presidente do PS, coloca-se ao seu lado e propõe que se discuta ao mesmo tempo a eutanásia. Duas propostas que em comum têm a ausência de vida. A união desejada por Sócrates, por muitas voltas que se lhe dê, é biologicamente estéril. A eutanásia preconizada por Almeida Santos é uma proposta de morte. No meio das ideias dos mais altos responsáveis do Partido Socialista fica o vazio absoluto, fica "a morte do sentido de tudo" dos Niilistas de Nitezsche. A discussão entre uma unidade matrimonial que não contempla a continuidade da vida e uma prática de morte, é um enunciar de vários nadas descritos entre um casamento amputado da sua consequência natural e o fim opcional da vida legalmente encomendado. Sócrates e Santos não querem discutir meios de cuidar da vida (que era o que se impunha nesta crise). Propõem a ausência de vida num lado e processos de acabar com ela noutro. Assustador, este Mundo politicamente correcto, mas vazio de existência, que o presidente e o secretário-geral do Partido Socialista querem pôr à consideração de Portugal. Um sombrio universo em que se destrói a identidade específica do único mecanismo na sociedade organizada que protege a procriação, e se institui a legalidade da destruição da vida. O resultado das duas dinâmicas, um "casamento" nunca reprodutivo e o facilitismo da morte-na-hora, é o fim absoluto que começa por negar a possibilidade de existência e acaba recusando a continuação da existência. Que soturno pesadelo este com que Almeida Santos e José Sócrates sonham onde não se nasce e se legisla para morrer. Já escrevi nesta coluna que a ampliação do casamento às uniões homossexuais é um conceito que se vai anulando à medida que se discute porque cai nas suas incongruências e paradoxos. O casamento é o mais milenar dos institutos, concebido e defendido em todas as sociedades para ter os dois géneros da espécie em presença (até Francisco Louçã na sua bucólica metáfora congressional falou do "casal" de coelhinhos como a entidade capaz de se reproduzir). E saiu-lhe isso (contrariando a retórica partidária) porque é um facto insofismável que o casamento é o mecanismo continuador das sociedades e só pode ser encarado como tal com a presença dos dois géneros da espécie. Sem isso não faz sentido. Tudo o mais pode ser devidamente contratualizado para dar todos os garantismos necessários e justos a outros tipos de uniões que não podem ser um "casamento" porque não são o "acasalamento" tão apropriadamente descrito por Louçã. E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.»
[JN, 2009-02-16]
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Lido por aí - «Caso Freeport»
«É natural que as autoridades evitem ouvir José Sócrates no âmbito do caso Freeport. Embora o seu testemunho seja importante para o processo, não há paciência para a desconversação do primeiro-ministro: da “insídia” à “ofensa”, da “injúria” ao “ataque pessoal”, passando pela “campanha negra”.
Se eu fosse investigador, pedia à Procuradora para ouvir o tio Júlio. Deve ser mais divertido. E o antigo secretário de Estado do Ambiente também, porque cacareja. É raro.»
No Lóbi.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Nunca reparei nas outras dez
Ao que parece, o Partido Ecologista "Os Verdes" vai realizar a sua XIª Convenção Nacional Ecológica, nos dias 13 e 14 de Março de 2009, em Lisboa. Por outras palavras, vão-se reunir em Congresso. Apraz-me registar que já houve dez anteriores... Ninguém diria.
P.S. - Provavelmente nunca reparei, pela sombra que a CDU lhes faz.
sábado, fevereiro 14, 2009
O novo Louçã

Regra geral, a seguir a uma postura mais acertada dessa esquerda, surge uma qualquer ideia disparatada que faz borrar a pintura e desvair a intenção de os ouvir mais atentamente.
Acontece que, ultimamente, ao ouvir Francisco Louçã e a sua esquerda, nota-se um enriquecimento de discurso, uma mudança positiva, onde as causas parecem mais palpáveis. Louçã e os seus pares parecem agora mais lúcidos, mais conscientes, não entrando em tantas ideias e atitudes, descabidas e fantasiosas. A somar a isto, o facto de estarmos a passar por esta crise instalada e o descrédito de todos os outros partidos a quem já foram dadas hipóteses, vão fazer Louçã subir. Basta ver que, eu nunca antes havia sequer colocado a hipótese/tido vontade de escrever este post em relação ao Bloco...
O Louçã é o mesmo, mas o afastamento de certas ideias excêntricas e pouco úteis dão-lhe outra chama, acima de tudo maior credibilidade.
A ver vamos o que fará...
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
Scolari despedido do Chelsea: a piada
Desta vez, a Scolari, nem lhe deram tempo de pôr em prática a sua habitual táctica nº2 - pedir para os adeptos colocarem umas bandeiras nas janelas!...
Scolari despedido do Chelsea
Será que desta vez ele também perguntou quem era o burro? Agora, é capaz de já ter encontrado uma resposta...
terça-feira, fevereiro 03, 2009
«7 Milhões de euros "parados" na via alternativa à EN 10» - SIC, 03.02.2009
Tal como aqui havia sugerido, a SIC fez-me a vontade.
Adenda: Faltou aqui dizer que, a SIC chegou tarde, pois o despacho necessário para a obra prosseguir foi publicado em Diário da República - Despacho n.º 2406/2009. D.R. n.º 12, Série II de 2009-01-19 - autorizando o abate dos Sobreiros que impediam o avanço da obra.