quarta-feira, fevereiro 25, 2009

TUTELA

Após a divulgação destas notícias durante este mês - «CGD compra 9,5% da Cimpor a Manuel Fino» (dia 16/02) e, posteriormente, «Cimpor: CGD pode ter pago 62 milhões a mais» (dia 19/02) - eis que o ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, enquanto falava no Parlamento, no debate mensal com o Governo, considerou que o negócio feito entre a CGD e o empresário Manuel Fino - que passou pela entrega de uma posição de 9,5% no capital da Cimpor ao banco público por parte do empresário, como forma de pagamento por um empréstimo contraído junto da instituição - foi «uma opção de gestão da CGD». Se assim é, e se foram pagos mais de 60 milhões que o devido (ainda mais tendo em conta os tempos de crise que passamos), não deveria o Governo intervir?

No final do debate parlamentar, José Sócrates, acerca do assunto, disse aos jornalistas que a Caixa (CGD) não lhe telefona, nem ao ministro das Finanças, a pedir autorização para os negócios que faz. Pois, uma resposta desnecessária e infantil. Não era esperado que a CGD o fizesse, mas já terá ocorrido a Sócrates que a administração da Caixa não é eterna, que há sempre a hipótese de os pôr a andar de lá para fora? A isso chama-se TUTELA. Conhecendo essa palavra, talvez Sócrates tivesse era de demitir quem não lhe convem...