Eu, quando tirei a carta de condução, tive de estudar o Código da Estrada. Nessa aprendizagem (facilmente adquirida, diga-se de passagem), ouvi inúmeras vezes o instrutor explicar que, os veículos motorizados têm prioridade sobre os não-motorizados. Até aqui tudo bem. Contudo, a prática parece estar bastante distante da teoria e, não raras vezes me tenho deparado com situações em que os ciclistas devem julgar ter motor. Eu estudei o Código. Eles, provavelmente, não! É que, em rotundas, por exemplo, as bicicletas já por várias vezes que se jogam, literalmente, para a frente do meu carro julgando-se, quiçá, com motor. Nunca vi uma bicicleta, numa rotunda, que parasse. Hoje, então, sucedeu-me uma ainda "melhor". Estava eu num cruzamento onde, da direita se apresentava um ciclista e, da esquerda, ninguém. Faço intenção de avançar, embora consciente da inconsciência da maioria dos que se julgam com "motores invisíveis". Qual não é o meu espanto quando, o dito ciclista, se levanta do selim para pedalar mais rápido, de modo a passar primeiro.
Um polícia, que assistiu a tudo, ficou impávido e sereno a olhar para mim.
- Eu sei o Código, senhor Agente - disse-lhe-, ele é que não.
O "prestável" Agente mandou-me encostar e pediu-me os documentos. Obviamente, pedi-lhe a identificação e, uma queixa já vai seguir. Mas o que interessa é controlar a velocidade - com carros ocultos - de quem vai a 60 km/h onde só se pode ir a 50 km/h. É ridículo e, assim, o nosso país nunca irá evoluir.