O reino socialista do Eng. Morais
Chama-se ANTÓNIO JOSÉ MORAIS e é ENGENHEIRO à séria, daqueles reconhecidos pela Ordem.
Pois bem, António José Morais, além de engenheiro, é primo em primeiro grau da Dra. Edite Estrela.
É um transmontano, tal como a prima, também ela uma grande amiga do Eng. Sócrates. Também é amigo de outro transmontano, igualmente licenciado pela INDEPENDENTE: o Dr. Armando Vara, antigo caixa na Caixa Geral de Depósitos de Mogadouro e, actualmente, Administrador da Caixa Geral de Depósitos, grande amigo do Eng. Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.
O Eng. Morais trabalhou no prestigiado LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), só que devido ao seu elevado empreendedorismo canalizava trabalhos destinados ao LNEC, para uma empresa em que era parte interessada. Um dia foi convidado a sair pela infeliz conduta. Trabalhou para outras empresas entre as quais a HIDRO-PROJECTO e, pelas mesmas razões, foi convidado a sair.
Nesta sua fase de consultor de reconhecido mérito, trabalhou para a Câmara Municipal da Covilhã onde vendeu serviços requisitados pelo técnico Eng. Sócrates.
Daí nasce uma amizade. É desta amizade entre o Eng. da Covilhã e o Eng. Consultor que se dá a apresentação do Eng. Sócrates à Dr.ª Edite Estrela, proeminente deputada e dirigente do Partido Socialista.
É assim que começa a fulgurante ascensão do Eng. Sócrates no Partido Socialista de Lisboa, apadrinhada pela famosa Dr.ª Edite Estrela, ainda hoje um vulto extremamente influente no núcleo duro do líder socialista.
À ambição legítima do político Sócrates era importante acrescentar o grau de licenciatura.
Assim o Eng. Morais, já professor do prestigiado ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) passa a contar naquela Universidade com um prestigiado aluno – José Sócrates Pinto de Sousa, bacharel.
O Eng. Morais, demasiado envolvido noutros projectos, faltava amiúde às aulas e, naturalmente, foi convidado a sair daquela docência.
Homem de grande espírito de iniciativa, rapidamente, se colocou na Universidade Independente.
Aí o seu amigo bacharel José Sócrates, imensamente absorvido na politica e na governação seguiu-o… "porque era a escola, mais perto do ISEL que encontrou".
E assim se licenciou, tendo como professor da maioria das cadeiras (logo quatro) o desconhecido, mas exigente, Eng. Morais. E, ultrapassando todas as dificuldades, conseguindo ser ao mesmo tempo Secretário de Estado e trabalhador estudante, licencia–se, e passa a ser Engenheiro, à revelia da maçadora Ordem dos Engenheiros, que, segundo consta, é quem diz quem é Engenheiro ou não, sobrepondo-se totalmente ao Ministério que tutela o Ensino Superior.
(Esta também não é muito entendível: se é a Ordem que determina quem tem aptidão para ser Engenheiro, deveria ser a Ordem a aprovar os Cursos de Engenharia...)
Eis que, licenciado, o governante há que retribuir o esforço do HIPER-MEGA PROFESSOR, que com o sacrifício do seu próprio descanso deve ter dado aulas e orientado o aluno a horas fora de normal, já que a ocupação de Secretário de Estado é normalmente absorvente.
E ASSIM FOI:
O amigo Vara, também secretário da Administração Interna, coloca o Eng. Morais como Director Geral no GEPI, um organismo daquele Ministério.
O Eng. Morais, um homem cheio de iniciativa, teve que ser demitido devido a adjudicações de obras não muito consonantes com a Lei, além de outras trapalhadas na Fundação de Prevenção e Segurança, fundada pelo Secretário de Estado Vara.
Lembram-se que foi por causa dessa famigerada Fundação que o Eng. Guterres foi obrigado a demitir o já ministro Vara (pressões do Presidente Sampaio), o que levou ao corte de relações do Dr. Vara com o Dr. Sampaio – consta até que o Dr. Vara nutre pelo ex-Presidente um certo ódio de estimação.
O Eng. Guterres farto que estava do Partido Socialista (porque é um homem de bem, acima de qualquer suspeita, íntegro e patriota) aproveita a derrota nas autárquicas e dá uma bofetada de luva branca no Partido Socialista e manda-os todos para o "desemprego".
Segue-se o Dr. Durão Barroso e o Dr. Santana Lopes que não se distinguem em praticamente nada de positivo e, assim, regressa o Partido Socialista comandado pelo Eng. Sócrates... Que, sem mérito próprio, mas por demérito alheio, ganha as eleições com maioria absoluta.
Eis que, amigo do amigo, amigo é, e vai daí dá-se mais uma oportunidade ao Morais, que o tipo não é para brincadeiras.
E o Eng. Morais é nomeado Presidente do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça.
Para compor ainda mais o ramalhete, o Eng. Morais, homem sensível e de coração grande, tomba de amores por uma cidadã brasileira que era empregada num restaurante de fast-food no Centro Comercial Colombo.
E, como a paixão obnubila a mente e trai a razão, nomeia a "brasuca" a Directora de Logística dum organismo por ele tutelado, a ganhar 1600€ por mês. Claro que ia dar chatice, porque as habilitações literárias (outra vez as malfadadas habilitações) da pequena começaram a ser questionadas pelo pessoal que por lá circulava.
Daí a ser publicado no "24 HORAS" foi um ápice. Mas como não foi o Santana Lopes, o caso foi abafado e caiu em esquecimento.
E assim lá foi o apaixonado Eng. Morais despedido outra vez.
Até quando?
[Ver aqui também.]
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