É assim BAGÜÉS
BAGÜÉS é um pueblo tranquilo. É daqueles locais onde existe o ambiente mais que perfeito para se escrever um livro. Sossego, lareira, silêncio, uma vista perfeita para o exterior, onde tudo o que se vislumbra está, agora, branco. Desde que cheguei a neve quase não parou de cair. Ontem, os termómetros chegaram a atingir os -7º graus. Frio demais ao qual apenas casas preparadas e uma boa lareira conseguem fazer frente. Sabe bem andar descalça por casa. Todo o chão é aquecido.
Saimos à rua e não conseguimos encontrar visualmente a estrada que nos trouxe até cá. Simplesmente desapareceu. Só tenho essa noção a meio da tarde e fico, realmente, com algum medo. Estamos isolados. A neve fica, nalguns locais, acima do joelho. O jipe limpa-neves que nos abriu caminho à chegada deve de andar com muito trabalho.
Hoje já está melhor. Não nevou tanto e o sol já espreitou. O único mascarado que vi vinha vestido de "homem-aranha". As crianças, mesmo que quisessem atirar balões de água, não conseguiriam. A água congelaria antes de aparecer alguém a quem o atirar. Divertem-se a andar de tobogã. E eu, que até já estou habituada a isto, digo que já não está frio. Afinal, só estão -1º grau...
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